sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Poisintão, voltei.


Eu disse que voltava, não disse? Se bem que o meu passado me condena muitíssimo e eu não sei se eu mesma acreditaria em mim, se estivesse apenas me lendo.
Mas esse blog se chama transumância. Talvez, e é muito provável que sim, ele não seja uma fase. Quem sabe ele não é pra sempre, indo e vindo? Ele não é pessoal, ele transcende. Ele me abriga em todas as minhas maneiras.
Ele justifica todos os meus retornos e todas as minhas ausências. Ele é um Eu melhorado, mais bonito.

Ele é, acima de tudo, o meu primeiro blog branco. Eu tive muitos blogs, alguém aí deve saber. Tantos que não sou capaz de contar nos dedos das mãos ou dos pés. Eu me orgulhei de cada um deles na hora que tinha que me orgulhar, odiei cada um depois e aceitei todos eles mais tarde, como uma parte inegável de mim mesma. Mas eu nunca tive um blog branco. Eles eram sempre tristes, sempre escuros, sempre estranhos. Eles eram sempre um estado de espírito constante e mesmo coisas felizes me pareciam absurdas e sem sentido, nele (quando eu os lia mais tarde, claro. Na época eles sempre faziam sentido pra mim).
Agora eu sinto que esse espaço não é absurdo. Ele é como uma folha de papel, e eu boto nele o que eu quiser. é como se eu agora tivesse o direito de amassar umas páginas e jogar fora, mesmo que não vá fazê-lo (uma vez que eu sou a maior colecionadora de papéis usados que conheço). Ter essa opção, esse direito, é diferente. É especial.

Mas eu não lembro do que ia falar, na verdade. A cirurgia foi bem, foi dia 28. eu já estou ótima, dói um pouco. Tá cicatrizando legal. Estou meio entediada, a ponto de não escrever.

Na verdade, quis escrever alguma coisa quando recebi um recado no orkut. Guardei. Aí hoje me mostraram um blog de uma mulher aí e eu quis escrever mais ainda.

E aqui estou.

E agora vou, que não tem mais nada por aqui pra escrever.