quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Agridoce
-Mais doce do que ágrio-
no fundo do copo

Reflexo de mim nos seus olhos
que eu não vejo e nem você.
mas todo mundo
-de olhos fechados-
vê.

Não há
esperança
no fundo do copo
Só um ácido doce pra temperar o céu

você se curva e espera o mundo chegar
de volta
de viagem

Eu me jogo no fundo do copo,
pra me afogar,
mas é raso

There is no running away for you
(if there were only hope...)

eu bebo tudo no doce
e escapo de você aos milhares
e volto.
Bêbada eu volto
Sóbria eu volto

There is no running away from you
(if only
if only i wanted to)

Não há escapatória
expíatória
diretória
Não há nada
quando você me diz 'preu ir.

2 comentários:

Fernando S. Trevisan disse...

Ágrio? WTF?

De resto é legal :)

:*

Marcio Rufino disse...

Maravilhosa escrita. Agridoce, antropofágica, idílica, bucólica, charmosa, sutil. Visitei o feto e adorei a matéria com Chico Abelha que é uma figura incrível. Deixei um postado por lá. prazer imenso te visitar de resto fica o convite de visitar os blogs http://emaranhadorufiniano.blogspot.com e http://po-de-poesia.blogspot.com

Vamos continuar mantendo contato.

Bjs